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A Viagem do Tigre - Colleen Houck - Livro 3


Terceiro volume da série 'A Maldição do Tigre'. Kelsey, Dhiren e Kishan agora buscam o terceiro tesouro de Durga - O Colar de Pérolas Negras - que atribuirão mais 6 horas como homens aos irmãos príncipes totalizando 18 horas como humanos.
Para realizar tal tarefa o trio precisará enfrentar os perigos da Água - elemento desta aventura. Kelsey tem pavor aos grandes predadores do oceano - os Tubarões Brancos - e isso acaba por despertar um ponto franco bem explorado pelo vilão da trama - Lokesk.
São setes os templo que os heróis devem encontrar desta vez, sendo cinco templo dos Dragões guardiões e dois templos de Durga, onde o colar se encontra no ultimo templo denominado Sétimo Pagode. 
No primeiro templo, como de costume, Durga entrega algumas armas necessárias para missão, informações vagas sobre os próximos desafios e conselhos amorosos para Kelsey - que neste volume quer ser a "dona" dos dois tigres - que para variar vai passar o volume todo pensando na  solução obvia do seu dilema. 
A partir dai começa-se os encontro com os Dragões. O primeiro a se manifestar é o dragão negro das estrelas, que faz lembrar um pouco o comportamento de Kishan no primeiro volume, com seus sorrisos cheios de segundas intenções, quando assume a forma humana de um negro alto, bonito, jovem e poderoso. O segundo é o dragão das nuvens, único a não assumir a forma humana, pois permanece sempre em longos cochilos, apesar de ser protegido por um "bicho de estimação" mitológico - O Kraken*. O terceiro é o dragão verde, que protege a terra é proporciona ao leitor uma aventura do gênero "Princesa, Cavaleiro e Dragão" literalmente, mesmo que de inicio assuma a forma de um caçador de tigres. O quarto é o dragão dourado, responsável por proteger os mares, porém acaba por ser um grande "negociador" de objetos valiosos. Finalmente o quinto dragão é o branco, o mais velhos entre todos e consequentemente o mais sábio, que assume a forma de um gentil e generoso senhor que explica todo o restante da aventura, apesar de Kelsey não prestar muita atenção devido aos seus "problemas amorosos". 
Depois de tantos encontros, com os dragões e uma sereia que simpatiza bastante com Kishan, o trio chega ao Sétimo Pagode e encontra o Colar de Pérolas Negras em um Ostra gigante, que somente Kishan pode resgatar por ter ingerido um Soma mistico (O Soma, para os indígenas, é usado como alucinógeno em seus rituais, mas aqui assume um contesto diferente, que é explicado no livro).
A volta para a superfície é mais conturbada, pois um tubarão gigante saído de um lenda indiana ataca o grupo e Kelsey e Ren saem feridos. Todos se recuperam, porém Lokesh descobre o paradeiro do trio e ataca o iate do Senhor Kadam, no qual estão vivendo. Lokesh preparou a armadilha perfeita e agora tem Kelsey sobre o seu poder deixando os dois irmãos tigres desesperados por encontra-la. 

Um ótimo exemplar, contendo não só uma aventura exuberante, mas diversas lendas, não somente indianas, e outras informações, como por exemplo as explicações sobre mergulho, seus equipamentos e técnicas utilizados; ou um outro exemplo bem interessante são as explicações do Dragão Branco sobre os níveis de profundidade do mar, sua fauna e a pressão exercida nos corpos de acordo com os niveis atingidos em direção ao abismo submerso. Assuntos que abrem um leque imenso da curiosidade, e da pesquisa para quem se interessar.


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Kraken é um conhecida lenda marinha. Uma espécie de lula ou polvo gigante que ameaçava os navios no folclore nórdico. Acreditava-se que habitava as águas profundas do Mar da Noruega, que separa a Islândia das terras Escandinavas, mas poderia migrar por todo o Atlântico Norte. O Kraken tinha fama de destruir navios, mas só destruía aqueles que poluíam o mar e navios de piratas.


Também pode ser visto na mitologia grega como um polvo gigante com membros humanóides com uma armadura impenetrável e que habitava uma caverna submersa. 
Essas histórias tinham algum fundamento, tal como muitas outras histórias de seres fantásticos, sempre se dava de uma má observação da fauna, no caso dos Kraken provavelmente em ataques de lulas gigantes, não conhecidas na época dos relatos do "monstro marinho".


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